A estimulação cognitiva pretende preservar ou melhorar o desempenho das funções cognitivas das pessoas, como memória, atenção, raciocínio logico, capacidade de resolução de problemas, entre outros.
A realização desse tipo de atividade é importante em qualquer idade, pois previne não só a deterioração cognitiva como permite também que o cérebro seja mais ativo.
A estimulação baseia-se em um conceito bem aprofundado dentro da neurociência referente a Plasticidade Cerebral, compreendida como a capacidade que tem o cérebro de realizar novas conexões neuronais de acordo com as necessidades do sujeito e o meio ambiente.
Estimular o Idoso consiste em instigar, ativar, anima-lo e encoraja-lo a alcançar a diminuição dos efeitos do envelhecimento e até de uma demência se for o caso, como a Doença de Alzheimer.
Idosos inativos podem perder funções intelectuais, por isso a importância de exercícios de estimulação para proteger o intelecto contra a deterioração.
Entre idosos saudáveis os quais apresentam redução do número de células nervosas, assim como uma diminuição na velocidade de condução de estímulos nervosos, a estimulação cognitiva é muito importante para desacelerar este processo e manter o cérebro trabalhando da forma correta por toda a vida.
Entre idosos com algum tipo de demência, como a Doença de Alzheimer, a estimulação cognitiva frequente e associada a medicação adequada, é fundamental para retardar o avanço do quadro e amenizar seus sintomas. Além de melhorar as funções cerebrais, a confiança, autonomia, auto estima, o controle do idoso também melhoram com a prática da estimulação.
Ao fazermos uso de atividades que pretendem estimular as funções cognitivas superiores, criando estratégias compensatórias e otimizando capacidades como memoria, raciocínio, linguagem, coordenação motora, atenção, funções executivas, entre outras, estaremos usando um recurso não medicamentoso com o objetivo de
amenizar ou estagnar possíveis perdas de capacidades cerebrais.
A Neuropsicopedagogia pode auxiliar e contribuir nesse trabalho, encontrando uma forma prazerosa de treinar as habilidades que sofrem declínio com o passar dos anos, possibilitando ao idoso literalmente divertir-se enquanto se cuida, permitindo-se usufruir sem culpa, peso ou pressão, de atividades recreativas, lúdicas ou intelectuais,
sensoriais, etc.. ou ainda uma combinação de algumas delas adequando-se ao que o paciente necessita.
Elisiane Porto – Neuropsicopedagoga