Clínica Dom Guanella

QUANTO DE GORDURA PODE SER RETIRADO NA LIPOASPIRAÇÃO?

Um dos aspectos determinantes da segurança na lipoaspiração refere-se ao volume de gordura que pode ser removido.

Para aumentar a segurança do procedimento e reduzir os impactos do mesmo no organismo, recomenda-se que os volumes aspirados não ultrapassem de 5 a 7% do peso corporal da paciente. Da mesma forma, recomenda-se que a extensão da área tratada não ultrapasse 40% da área corporal.

Este é um dos inúmeros motivos pelos quais não devemos considerar a lipoaspiração como método de emagrecimento, mas sim para tratamento de áreas localizadas de gordura em pacientes que estejam dentro ou próximo ao seu peso ideal.

A PRÓTESE MAMÁRIA DIFICULTA O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA?

Esta é uma questão que gera muitas dúvidas e preocupações nas pacientes que buscam a cirurgia de aumento de mamas. O grande motivo desta preocupação deve-se a teoria de que as próteses poderiam dificultar um diagnóstico precoce de câncer de mama através da mamografia e, consequentemente, piorar o seu prognóstico.

Para ajudar a esclarecer esta dúvida, podemos citar um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado no mês de Junho deste ano (2017) na Revista Plastic and Reconstructive Surgery (uma das revistas médicas mais conceituadas da Cirurgia Plástica Mundial), onde foi avaliado o impacto da cirurgia de prótese mamária no diagnóstico e tratamento do câncer de mama em mulheres que foram diagnosticadas e tratadas com esta doença. Para isso, dois grupos de mulheres que tiveram câncer de mama foram comparados, sendo um deles de pacientes com prótese de mama e outro sem. Os autores encontraram que as pacientes com prótese de mama não apresentaram atraso no diagnóstico de câncer em comparação com as pacientes sem prótese; da mesma forma, as pacientes com prótese não apresentaram câncer em estágio mais avançado no momento do diagnóstico comparado com o outro grupo de pacientes (sem prótese). Estes dados, apresentados acima de forma resumida, possibilitaram o desenvolvimento de algumas conclusões. Entre as principais, temos que a presença de implante nas mamas não comprometeu o diagnóstico de câncer, assim como não fez com que o diagnóstico ocorresse em momento mais tardio. Por este motivo, quando as pacientes com próteses nas mamas foram diagnosticadas com este tipo de tumor, seu grau de evolução (Estágio do câncer) foi o mesmo das pacientes sem próteses. Este é um conceito que já foi avaliado em diversos estudos menores anteriores, com resultados semelhantes a este novo estudo.
O fato de possuir implantes mamários, não impede as pacientes de realizarem o exame de rastreamento para câncer de mama, ou seja, a mamografia. Naturalmente, a presença das próteses faz com que sejam necessárias algumas manobras de posição das mamas no momento do exame para impedir que o implante dificulte a visualização da glândula. Em casos de imagens duvidosas, outros métodos, como a Ressonância Magnética, podem complementar a investigação, acrescentando informações importantes em situações específicas.

Por fim, devemos sempre lembrar que o principal aspecto para um diagnóstico precoce de câncer de mama é o comportamento ativo das pacientes, consultando regularmente seu ginecologista/mastologista, assim como seu Cirurgião Plástico. Dessa forma, qualquer alteração pode ser investigada da forma mais adequada e no momento oportuno, buscando não só o controle regular da viabilidade dos implantes como, principalmente, a saúde das mamas.

Dr. Lourenço Senandes (CREMERS 33773 / RQE 28844)

Cirurgião Plástico Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

CIGARRO X CIRURGIA PLÁSTICA

O número de pessoas tabagistas ativas no Brasil vem diminuindo ao longo dos anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2013 este número correspondia a 14,7% da população brasileira adulta (acima de 18 anos). No entanto, se considerarmos esta parcela da população em números totais, somado ao número de fumantes passivos, teremos ainda um número elevado de pessoas sujeitas aos danos à saúde causados por este hábito.

Sabemos hoje que, em termos globais, metade de todos os tabagistas terão morte em consequência de doenças relacionadas a esta prática, e que a cada 10 mortes no mundo todo, uma será em consequência do tabagismo.

Considerando o uso de cigarro como costume de uma parcela importante da população brasileira, com certa frequência vemos pacientes com este hábito em busca de procedimentos de Cirurgia Plástica. Por vezes, tais pacientes preferem ocultar esta informação do médico por medo de ter sua cirurgia contraindicada ou por minimizar sua importância. Entretanto, antes de qualquer decisão é importante estar esclarecido sobre os possíveis riscos que podem advir dessa combinação entre cirurgia plástica e tabagismo.

O cigarro contém inúmeras toxinas, incluindo nicotina, monóxido de carbono, cianeto de hidrogênio, óxido nítrico e outras. Todas estas toxinas são conhecidas por comprometer a cicatrização através de múltiplos mecanismos. Além de alteração do processo cicatricial, podemos incluir distúrbios cardiovasculares, aumento da pressão sanguínea e alterações na função respiratória.

E quais seriam os problemas destas alterações para uma Cirurgia Plástica?

Precisamos considerar que um ponto fundamental para alcançarmos os resultados desejados em Cirurgia Plástica é a boa cicatrização da ferida operatória. Sem isto, além de termos os resultados estéticos comprometidos, estaremos sujeitos ainda a outras possíveis complicações. Através do comprometimento da nutrição sanguínea e da oxigenação dos tecidos (incluindo os tecidos operados) e do sistema imunológico, o cigarro causa uma deficiência de todo o processo cicatricial, impedindo a recuperação da ferida operatória e dificultando a obtenção do resultado final. Ainda, o tabagismo aumenta os riscos de infecção das feridas operatórias e complicações cardíacas e pulmonares no pós-operatório.

Além dos riscos aos resultados da cirurgia, precisamos levar em conta também os riscos anestésicos associados ao tabagismo. Estes riscos não compreendem apenas as já citadas complicações cardíacas e respiratórias, mas também interferência no metabolismo de algumas medicações utilizadas durante o procedimento pelo anestesista, dificuldade de uma monitorização confiável dos sinais vitais durante a cirurgia e necessidade de maior quantidade de analgésicos para alívio da dor após o procedimento.

E quando seria o momento ideal de interromper o fumo antes de uma cirurgia?

Idealmente, a interrupção do tabagismo deve ser realizada o mais cedo possível. Entretanto, estudos mostram que a partir de 4 a 8 semanas após a suspensão do hábito de fumar, o comprometimento da cicatrização e da função pulmonar já reduzem de forma considerável.

Como este período de interrupção do tabagismo varia entre alguns estudos, é comum variar também as orientações entre os cirurgiões (geralmente entre 4, 6 ou 8 semanas). Independentemente desta variação de períodos, a ausência total do tabagismo no pré-operatório é sempre desejada e orientada pelos cirurgiões plásticos e anestesistas aos seus pacientes, na busca da redução de possíveis complicações.

E, se levarmos em conta os potenciais danos causados pelo tabagismo não só à cirurgia mas também à saúde dos pacientes ao longo da vida, temos nesta mudança comportamental pré-operatória uma excelente oportunidade de mudança comportamental para toda a vida.

Dr. Lourenço Santiago Senandes 
CREMERS 33773 – RQE 28844

Ginecomastia

Ginecomastia é o termo que define o aumento da mama no homem, estando associada com inúmeras causas. A alteração física proveniente desta, gera descontentamento, preocupação e constrangimento nos pacientes, sentimentos facilmente compreensíveis se considerarmos a importância da forma da região peitoral na identidade masculina.

O seu surgimento, em grande parte dos casos, está relacionado aos períodos de maior alteração hormonal no sexo masculino (nascimento, puberdade e após os 65 anos). Pela puberdade estar associada à grandes mudanças físicas e psicológicas, é natural que seja também o período no qual qualquer alteração física não esperada cause seus maiores impactos na autoestima do paciente, levando-o à busca pelo tratamento rápido e definitivo.

Antes de qualquer decisão por algum procedimento cirúrgico, é de importância fundamental que o cirurgião avalie detalhadamente cada paciente, em busca das potenciais causas e consequentemente de seus possíveis tratamentos. Nem sempre o tratamento necessitará de cirurgia, sendo por vezes alcançado com a suspensão/substituição de algumas medicações, tratamento e controle de algumas doenças ou simplesmente aguardando a resolução espontânea (o que é comum na puberdade).

Definida a real necessidade de correção cirúrgica, a mesma irá variar conforme o grau de aumento da mama e características individuais de cada paciente, podendo incluir lipoaspiração, retirada de parte da glândula e/ou retirada do excesso de pele na região. Naturalmente, cada procedimento apresentará cicatrizes e formas de abordagens diferentes, entretanto são capazes de alcançar resultados extremamente gratificantes, devolvendo aos pacientes a autoestima e o bem-estar no seu convívio social.

Lembre-se sempre de procurar um Cirurgião Plástico registrado como especialista em Cirurgia Plástica no Conselho Regional de Medicina de seu Estado (CRM). Além disso, buscar um Cirurgião Plástico Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é uma boa forma de garantir que o profissional que lhe atende é capacitado e foi aprovado em rigoroso exame para exercer suas atividades. Somente desta forma você poderá estar seguro de que todos os procedimentos possíveis, necessários e adequados estão sendo feitos para garantir que sejam alcançados os seus objetivos e, consequentemente, sua satisfação.

 

Dr. Lourenço Santiago Senandes 
CREMERS 33773 – RQE 28844

Como conquistar um glúteo belo?

Hoje em dia vemos um foco das mídias e redes sociais muito grande na beleza e tamanho dos glúteos, formando uma ideia de que quanto maior o glúteo mais belo ele é. Obviamente o senso de beleza é algo muito subjetivo, variando de pessoa para pessoa, entretanto existem alguns aspectos desta região do corpo que costumam torna-lo mais atraente para a maioria das pessoas.

Inicialmente é importante esclarecer que, mais do que o volume do glúteo, a sua proporcionalidade é o fator que está mais associado com a sua beleza, ou melhor, é o que o torna mais atraente. Isto não é um fator definido arbitrariamente, mas determinado em estudos. Em inúmeros trabalhos foi demonstrado que a beleza da região glútea está na harmonia entre as dimensões da cintura e do quadril, mais do que em um tamanho definido do glúteo. Ainda através destes estudos chegou-se a um valor numérico ideal, onde dividindo-se a medida da cintura pela medida do quadril (razão cintura-quadril) chegava-se ao valor 0,7. Ou seja, um tamanho da região glútea considerado “ideal” deveria se aproximar deste valor ao relacionarmos estas duas medidas da paciente (cintura/quadril).

E como posso alcançar este resultado?

Em primeiro lugar, nunca podemos deixar de lado a importância da prática de exercícios físicos, não só para um contorno definido da região glútea, mas também para a tonicidade muscular e da pele da região (fundamentais para manter a beleza do contorno glúteo).

Quando partimos para a discussão das possibilidades que a cirurgia plástica oferece, temos como procedimentos mais conhecidos a colocação de prótese glútea e o enxerto de gordura (lipoenxertia) nos glúteos.

Neste sentido, não existe uma cirurgia que tenha resultados melhores que a outra. O que temos, na verdade, são indicações específicas para cada situação. Entretanto, mais do que isso, temos frequentemente uma relação de complementação entre estas duas cirurgias. Isso quer dizer que, o resultado alcançado pela colocação da prótese de glúteo, na maioria das vezes é beneficiado pelo acréscimo da lipoenxertia. A prótese glútea trará maior volume e projeção na porção mais posterior do glúteo, enquanto o enxerto de gordura contribuirá em áreas que a prótese não tem grande influência (geralmente nas laterais do glúteo). Além disso, a lipoaspiração da região da cintura (para obter gordura para enxerto) contribui para “afinar” esta área, melhorando a relação cintura/quadril, trazendo maior proporcionalidade e harmonia para os glúteos.

Ainda cabe lembrar que, tanto a lipoenxertia quanto a prótese glútea, não trarão isoladamente grandes benefícios em casos onde existe um excesso e flacidez acentuada de pele na região glútea que cause um aspecto de “glúteos caídos”. Nestes casos, pode ser necessária, também, a retirada do excesso de pele em certas áreas da região, resultando em cicatrizes planejadas de acordo com cada situação.

 

Dr. Lourenço Senandes 
Cirurgião Plástico Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

(CREMERS 33773/RQE 28844)

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